12 de ago. de 2014

Calendário de Vacinação

Postado por adfafasf em
Veja Aqui 

Olá pessoal,
Tudo bem com todos?

O Vinícius já recebeu a vacina BCG e a primeira dose da Hepatite B na rede pública (posto de saúde). Já fez também o teste do pezinho (clique aqui para ver) cujo resultado foi negativo para todas as doenças analisadas. Agora, no segundo mês, tomamos conhecimento de que o bebê estará mais protegido e terá menores chances de reações às vacinas se estas forem ministradas em clínica particular e não na rede pública. Imaginava que a rede pública de vacinação já estava melhor preparada para receber nossos filhos. O Brasil avançou muito no seu programa de vacinação nos últimos anos mas ainda está atrás em relação a outros países. As famílias com renda maior poderão recorrer à rede privada, mas a grande parcela da população ainda dependerá da boa vontade dos governantes para ter uma qualidade de vida melhor.

Abaixo temos uma figura do calendário de vacinação preparado pela UNIMED segundo recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).


Ao nascer

Públicas: BCG / Hepatite B
O que o esquema particular tem de diferente: Nada. 

BCG: Dose única dada no primeiro mês depois de nascimento. Dada gratuitamente em postos de saúde e maternidades públicas. Se a cicatriz não se formar, recomenda-se uma segunda dose após 6 meses. A vacina BCG é feita com uma bactéria chamada Bacillus Calmette-Guérin e tem como objetivo prevenir contra as formas graves de tuberculose. Ela é aplicada no braço direito da criança, por via intradérmica (injetável). Alguns dias após a aplicação, forma-se um pequeno carocinho no local que irá abrir (supurar) e eliminar uma secreção branca e sem odor. Após alguns dias, a ferida se fecha e deixa uma pequena cicatriz arredondada no local. Esta reação é normal e demora em média um mês para se completar, mas há casos em que a ferida demora um pouco mais para evoluir, ou mesmo em outros casos, a ferida que já estava fechada pode voltar a abrir e fechar novamente. Se isto acontecer, não se preocupe, isto é normal. Não se deve espremer a lesão e também não se faz curativo no local.
Modo de aplicação: Picada no braço direito (aplicação intradérmica). A ferida que se forma é normal e esperada. Vai formar uma cicatriz.

Hepatite B: Primeira dose do total de três ou quatro, dependendo do tipo. Dada de preferência nas primeiras 12 horas de vida, na maternidade, ou então logo depois da alta. É gratuita em maternidades públicas e postos de saúde. Quando a mãe é portadora do vírus da hepatite B, a vacina é dada logo depois do nascimento - quanto antes melhor. Esta vacina protege contra a hepatite B, que é causada por um vírus, transmitido pelo contato com sangue e secreções de pessoas contaminadas. A hepatite B, em alguns casos, pode causar uma hepatite crônica, com maior risco de evolução para câncer de fígado. A vacina é injetável e o esquema completo de imunização é composto de três doses, sendo que a primeira dose pode ser aplicada já na maternidade ou durante o primeiro mês de vida. A vacina é aplicada no músculo da coxa do bebê e os efeitos colaterais são raros. Eventualmente, pode ocorrer dor local e febre baixa no mesmo dia e até no dia seguinte à aplicação. A vacina do posto, das clínicas e da maternidades são exatamente iguais.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).

2 meses

Públicas: Pentavalente brasileira (DTP + Hib + hepatite B) / Pólio inativada / Rotavírus monovalente / Pneumocócica conjugada 10-valente
O que o esquema particular tem de diferente: Existe a versão acelular da DTP (DTaP), que dá menos reação, e que inclui a pólio, eliminando uma picada (Hexavalente). Há uma vacina para o rotavírus protege contra cinco tipos do vírus (Rotavirus Penta), em vez de um só, mas se aplicada a rotavírus pentavalente serão necessárias três doses, em vez de duas. E existe uma pneumocócica que protege contra 13 tipos da bactéria (Prevenar 13), em vez de 10.

Pentavalente brasileira (DTP + Hib + hepatite B): Primeira dose. Contra difteria, tétano, coqueluche, infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. Esta bactéria é responsável por infecções como otites, pneumonias, sinusites e até mesmo meningite, principalmente em crianças com menos de 4 anos de idade. As vacinas contra o haemophylus influenzae dos postos de saúde e das clínicas são iguais. Nos postos de saúde, a vacina contra o haemophylus é aplicada juntamente com a vacina tríplice bacteriana e, por este motivo, se chama vacina tetrabacteriana e, neste caso, a tríplice será a de células inteiras. É gratuita em postos de saúde. Nas clínicas particulares, a vacina contra haemophylus influenzae é oferecida separadamente, ou junto com a tríplice acelular (tetravalente acelular), ou ainda dentro da vacina hexavalente ou dentro da vacina pentavalente.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).

Pólio inativada: Primeira dose. Previne a poliomielite, ou paralisia infantil. A vacina dada gratuitamente nos postos de saúde substituiu a versão oral (VOP, ou Sabin), a da gotinha. Nos laboratórios particulares, pode ser encontrada junto com a pentavalente, formando a hexavalente, que economiza uma picada na criança. A poliomielite é causada por um vírus cuja aquisição se faz por via oral, ou seja, pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o vírus. O vírus da pólio causa a tão temida ˜Paralisia Infantil”, uma doença que felizmente já foi erradicada do Brasil. Porém, a pólio ainda está presente em várias partes do mundo e, por este motivo, é fundamental que continuemos a vacinar as nossas crianças contra a pólio.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa.

Vacina hexavalente: É uma vacina que combina 6 vacinas em uma única injeção: Salk (pólio inativada), tríplice acelular (difteria, tétano e coqueluche), haemophylus influenzae e hepatite B. Esta vacina está disponível somente nas clínicas particulares e pode ser utilizada aos 2 e 6 meses de vida do bebê.

Rotavírus: Primeira dose. Evita infecções pelo rotavírus, que causa vômito e diarreia. A vacina monovalente é dada de graça nos postos de saúde. Na rede particular, também existe uma versão que protege contra mais tipos de vírus, também oral, mas o esquema completo será de três doses, em vez de duas.
Modo de aplicação: gotinhas.

Pneumocócica conjugada: Primeira dose. Evita alguns tipos de pneumonia e outras doenças causadas pela bactéria pneumococo. Passou a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações em 2010, portanto é gratuita. A da rede pública é contra 10 tipos da bactéria. Na rede particular existe uma versão que evita 13 tipos da bactéria (13-valente). O Streptococcus pneumoniae ou pneumococo é uma bactéria que pode causar infecções como otites, sinusites e também outras mais graves, como meningites e pneumonias. Há dezenas de tipos de pneumococos, mas ainda não há uma vacina que proteja contra todos os tipos de pneumococos. As vacinas disponíveis protegem contra os tipos que circulam com maior freqüência na população. O esquema completo de vacinação, tanto para as vacinas dos postos como das clínicas, é composto de 3 doses e um reforço após um ano de idade. Nas clínicas, ela costuma ser aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, com um reforço após um ano de idade.
Modo de aplicação: picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).

3 meses

Pública: Meningococo C conjugada
O que o esquema particular tem de diferente: Nada. 

Meningococo C conjugada: Primeira dose. Protege contra a meningite e outras doenças disseminadas pela bactéria meningococo C. Desde 2010 é aplicada gratuitamente nos postos de saúde. Esta vacina protege contra a meningite causada pelo meningococo do tipo C, que é o tipo de meningococo mais freqüente em circulação no Brasil. As vacinas contra meningococo C do posto e das clínicas particulares são exatamente iguais, tanto na eficácia como na frequência de efeitos colaterais. É uma injeção que é aplicada na coxa do bebê, sendo que o esquema completo é composto por duas doses, que são aplicadas geralmente aos 3 e 5 meses de vida, com um reforço com 1 ano de idade. Os efeitos colaterais incluem dor no local da aplicação e febre que podem ocorrer no dia da aplicação e no dia seguinte.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).

4 meses

Pentavalente (DTP + Hib + hepatite B): Segunda dose.

Pólio inativada: Segunda dose.

Rotavírus: Segunda dose.

Pneumocócica: Segunda dose.

5 meses

Meningococo C conjugada: Segunda dose.

6 meses

DTP + Hib + hepatite B: Terceira dose.

Pólio: Terceira dose.

Rotavírus: Terceira dose.

Pneumocócica: Terceira dose.

Gripe: A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a aplicação da vacina contra a gripe (influenza) todos os anos para crianças de 6 meses a 5 anos. A cada ano o Ministério da Saúde oferece a vacina gratuitamente para determinada faixa etária (atualmente de 6 meses a 2 anos). A vacina da gripe deve ser aplicada de preferência durante o outono. Na primeira vez que a criança toma a vacina da gripe, são necessárias duas doses, com intervalo de um mês. É preciso reaplicar a vacina todo ano, porque todo ano o vírus muda.

9 meses

Pública: Febre amarela
O que o esquema particular tem de diferente: Nada.

Febre amarela: Dose única da vacina contra o vírus da febre amarela para crianças residentes em áreas consideradas de risco, ou que se dirijam a elas. Estados em que se recomenda a vacinação: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Maranhão, partes dos Estados de São Paulo, Bahia, Paraná, Piauí, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Informe-se com o pediatra ou na unidade básica de saúde. Dada gratuitamente nos postos de saúde. Também disponível na rede particular.
Modo de aplicação: Picada subcutânea (com agulha curtinha) normalmente no braço, mas pode ser no bumbum ou na lateral da coxa.

1 ano

Públicas: Pneumocócica / Tríplice viral / Hepatite A (Obs.: No Estado de São Paulo, estão previstas com 1 ano a tríplice viral e a meningocócica C, em vez da pneumocócica. É apenas uma troca de ordem.)
O que o esquema particular tem de diferente: Tem uma dose a mais da vacina contra catapora, sendo a primeira com 1 ano e a segunda com 1 ano e 3 meses. No esquema gratuito, a vacina contra catapora é dada apenas com 1 ano e 3 meses. No esquema particular, a vacina contra hepatite A é dada em duas doses, uma agora e uma depois de 6 meses. No público, ela é dada em dose única. No esquema particular, já se recomenda a vacinação contra meningocócica e a pneumocócica (disponível em versão mais completa), enquanto pelo programa público o reforço da meningocócica é feito em geral com 1 ano e 3 meses.

Tríplice viral (SRC, ou MMR): Primeira dose. Protege contra rubéola, sarampo e caxumba. Faz parte do calendário do Ministério da Saúde, portanto é aplicada gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Também disponível na rede particular. A vacina tríplice viral protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Também é conhecida como MMR que é a sigla em inglês da vacina: Measles, Mumps, Rubella. Ela é feita com os vírus vivos atenuados (enfraquecidos) causadores do sarampo, da caxumba e da rubéola. Os vírus das três doenças estão contidos dentro de uma mesma vacina, ou seja, a criança recebe uma só injeção que protege contra as três doenças. As vacinas dos postos e das clínicas particulares são exatamente iguais, tanto na eficácia como na ocorrência de eventuais efeitos colaterais. Ao contrário da maioria das outras vacinas, os efeitos colaterais ocorrem em média de 7 a 10 dias após a aplicação. Pode ocorrer febre, mal-estar e até lesões de pele semelhantes àquelas causadas pelo sarampo e rubéola, porém, em intensidade muito menor. Na grande maioria dos casos, os efeitos colaterais ou não ocorrem, ou são tão leves que não chegam a ser percebidos pelos pais. O esquema vacinal consiste em uma dose quando a criança completa um ano de idade e um reforço entre quatro e seis anos de idade, preferencialmente, aos quatro anos.
Modo de aplicação: Picada subcutânea (agulha curtinha) preferencialmente no braço.

Catapora (Varicela): Primeira dose de duas. Pode ser dada em uma picada isolada, no mesmo dia que a tríplice viral, ou na mesma picada, na quádrupla viral. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, observou-se que na versão com duas picadas separadas houve menos ocorrência de febre como efeito colateral. No Programa de Nacional de Imunizações é dada dentro da quádrupla viral, com aplicação única com 1 ano e 3 meses.
Modo de aplicação: Picada subcutânea (com agulha curtinha) normalmente no braço.

Hepatite A: No esquema público, dada em dose única. No particular, é dada em duas doses. O esquema sugerido é com 1 ano, mas o início pode ser adiado por alguns meses para dividir o número de aplicações. A segunda dose, no esquema particular, é dada seis meses depois da primeira.
Modo de aplicação: Picada no músculo da lateral da coxa (intramuscular).

Meningococo C conjugada: Dose de reforço. No calendário do governo, o reforço gratuito está previsto para 1 ano e 3 meses. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, o reforço pode ser dado em qualquer momento entre 1 ano e 1 ano e 6 meses, e no Estado de São Paulo ela é aplicada nos postos de saúde com 1 ano.

Pneumocócica conjugada: Dose de reforço, segundo o calendário do Programa Nacional de Imunizações. Pode ser aplicada a qualquer momento entre 1 ano e 1 ano e 11 meses, mas a versão gratuita é dada com 1 ano. Em São Paulo, os postos de saúde a aplicam com 1 ano e 3 meses. Não há problema se houver diferença entre o tipo de vacina das primeiras doses e do reforço (10-valente ou 13-valente).

1 ano e 3 meses

Públicas: DTP / Pólio (gotinha) / Meningocócica C conjugada / Quádrupla viral (incluindo varicela). Em São Paulo, o reforço é da pneumocócica, pois a meningocócica é dada com 1 ano.
O que o esquema particular tem de diferente: Há a opção de usar a versão acelular da DPT (DPaT), que dá menos reação. Esta versão pode incluir um reforço de Hib e de pólio inativada, tudo na mesma picada, como recomenda a Sociedade Brasileira de Pediatria, enquanto na rede pública a DTP é dada isolada.

DTP (tríplice bacteriana): Dose de reforço. Não há obrigatoriedade de usar a mesma formulação das doses anteriores, elas são intercambiáveis.
Modo de aplicação: Picada no músculo lateral da coxa (intramuscular).

Pólio: Dose de reforço.

Hib: Dose de reforço. Nesse caso o reforço vai dentro da vacina pentavalente (pólio inativada + DPaT + Hib), aplicada normalmente em clínicas particulares. Esse reforço da Hib não faz parte do Programa Nacional de Imunizações.

Quadriviral: Protege contra rubéola, sarampo, caxumba e catapora. É aplicada gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Na segunda dose não há diferença nas reações dando-se a quadriviral (como na rede pública) ou dando-se a tríplice viral mais a varicela, em picadas diferentes (como há opção na rede particular). Por isso, mesmo na rede particular, costuma-se usar a quadriviral.
Modo de aplicação: Picada subcutânea (agulha curtinha) preferencialmente no braço.

Meningococo C conjugada: Dose de reforço.

1 ano e 6 meses

Particular: Hepatite A
Hepatite A: Segunda dose. No calendário do governo, é dada em dose única, entre 1 e 2 anos. No esquema particular, a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira, e alguns pediatras preferem fazer o esquema um pouco mais tarde.

4 anos

Pública: DTP
O que o esquema particular tem de diferente: Versão acelular da DPT, que dá menos reação (DTaP), e um reforço da pólio, em forma de gotinha ou na forma inativada, na mesma picada da tríplice.

DTP (tríplice bacteriana): Segunda dose de reforço.

Pólio: Dose de reforço. Pode ser aplicada em combinação com a DPaT (tetravalente), ou então na forma oral. Recomenda-se que as crianças recebam a vacina oral nas campanhas de vacinação, desde que já tenham tomado duas doses da vacina inativada (aos 2 e 4 meses).
Modo de aplicação: A vacina Sabin é oral, em forma de gotinhas. Já a VIP é dada em conjunção com a DTaP, com a mesma picada no músculo da lateral da coxa.

5-6 anos

Particular: Meningocócica C conjugada

Meningocócica C conjugada: Reforço.

10 anos

Pública: Febre amarela

Febre amarela: Dose de reforço. 


Vacinas Públicas x Vacina Particulares

Vacina tríplice bacteriana (DPT): no PNI (Programa Nacional de Imunizações) usa-se a vacina produzida no instituto Butantan, a DPT de célula inteira, uma vacina que causa índice alto de reações adversas. Nas clínicas particulares, só existe a DPaT, a vacina acelular, usada em todos os países "desenvolvidos" do mundo. Nesta vacina o componente da coqueluche é feito por engenharia genética, não se usa o capside da bactéria. Resultado: muito menos reações.

Poliomielite: Os postos ainda usam a Polio Oral (Sabin), em desuso total em países como EUA, toda a Europa e Escandinávia, Japão e Israel. Nas clínicas particulares só se usa Polio Inativada, aplicada na mesma seringa que a DPT. Esta vacina confere alta proteção e risco zero de causar a PPV - poliomielite pós-vacinal - um raríssimo efeito colateral da vacina Sabin. Foi por este motivo, a PPV, e também para acabar com a circulação de um vírus vivo e inativado, que o mundo desenvolvido parou de usar a Sabin. A VOP (oral) antes de meados de 2012 era a vacina utilizada pelo Ministério da Saúde, após essa data ela passou a ser oferecida como 3ª e 4ª doses e também nas campanhas de vacinação. Para as 1ª e 2ª doses o Ministério passou a oferecer a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Como você já deve ter percebido existem dois tipos de vacina contra a polimielite, a VOP (oral) que é aquela das campanhas anuais do Ministério da Saúde que utiliza o vírus em estado atenuado e a VIP (injetável) que utiliza o vírus em estado inativado e que até meados de 2012 era oferecida apenas em clínicas especializadas.

Hepatite B: Aplicada nas clínicas particulares também na mesma seringa que a DPaT + Hemófilus + Polio (vacina Hexavalente), diminui o número de injeções na criança. Caso não seja este o problema, copio abaixo o trecho de um estudo sobre vacinas: "Estudo realizado pelo Dr. Reinaldo Menezes Martins (do Comitê Técnico Assessor do Ministério da Saúde) e col, comparando a imunogenicidade da vacina contra Hepatite B produzida pela GSK (Engerix) e a do instituto Butantã (Butang) demonstrou, entre outras coisas, que a porcentagem de soroproteção da vacina Butang em adultos entre 31 e 40 anos de idade foi de 79,8 % contra 92.4% da Engerix B®."

Rotavírus: Os principais sintomas do rotavírus são vômito, febre e diarréia líquida constante, que se não for tratada pode levar a desidratação e até a morte. Os recém-nascidos são os principais alvos do vírus. A forma de contágio é fecal-oral. Nos locais onde as condições de higiene são inadequadas (áreas de manguezais e palafitas, por exemplo), o rotavírus contamina pessoas de qualquer idade: basta o contato com alimentos, objetos ou mesmo as mãos contaminadas. Nos postos existe à disposição a vacina contra rotavírus monovalente (da GSK). A vacina é belga, segura e bem produzida, mas só protege contra um sorotipo deste vírus, o que equivale a 70% dos casos no nosso meio. Nas clínicas particulares se aplica a vacina pentavalente, norte-americana, que protege contra cinco sorotipos de rotavírus - 99,5% dos casos brasileiros. Esta vacina (a pentavalente) é utilizada de rotina nos Estados Unidos e a mais indicada para nós.

Pneumococos: Nos postos utiliza-se a pneumocócica conjugada 10-valente (da GSK), também belga, segura e eficaz. Nas clínicas particulares usa-se a pneumo 13-valente (da Pfizer/Wieth). Estes 3 sorotipos a mais de pneumococos são extremamente importantes no Brasil, pois 2 deles são pneumococos muito comuns por aqui.  Esta vacina (a 13-valente) é utilizada de rotina nos Estados Unidos, no PNI deles. 

Meningite C: Talvez a diferença menos contundente. O governo utiliza a vacina da Chiron. As clínicas aplicam a vacina da Baxter. Ambas são muito seguras, mas a vacina da Baxter é a única que apresenta níveis protetores a partir da primeira dose aplicada (com 2 ou 3 meses de vida). Dados demonstram que 60% das meningites, inflamação das membranas que envolvem o encéfalo e medula espinhal, são causadas pela bactéria do meningococo C. A transmissão é de pessoa para pessoa por meio do beijo e secreções expelidas pela tosse, fala ou espirro. Não à toa, especialistas desaconselham as mães a assoprarem a sopinha da criança para esfriar antes de levar à boca do filho. Uma infinidade de bactérias reside na boca de uma pessoa adulta. A meningite caracteriza-se por febre alta, cefaléia e rigidez de nuca. Outros sinais e sintomas são vômitos, recusa alimentar, sonolência, irritabilidade e convulsões, principalmente em recém-nascidos e lactentes. 


Perguntas e respostas (pediatra Dr. Marcelo Reibscheid CRM 91.275)

Quais são as vacinas que os bebês precisam tomar ainda na maternidade?

Dr. Marcelo – Não é obrigatória nenhuma vacina para a alta da maternidade. Os bebês devem ser vacinados dentro do primeiro mês com a primeira dose da vacina contra hepatite B e contra a tuberculose, a vacina BCG. Quanto mais cedo melhor, podendo-se fazer na maternidade, logo após o nascimento, mas não é obrigatório.

Quais são as vacinas legalmente gratuitas nas maternidades?

Dr. Marcelo – Nenhuma. As vacinas contra tuberculose, BCG, e contra Hepatite B são gratuitas nas unidades básicas de saúde. Nas maternidades particulares não são obrigatoriamente gratuitas.

Qual a diferença entre as vacinas públicas e as vacinas particulares?

Dr. Marcelo – Dependendo da vacina ela pode ter diferença quanto ao número de micro-organismos combatidos, como por exemplo, a Vacina contra o rotavírus, que no posto é contra um tipo de rotavírus e nas clínicas particulares contra cinco. O mesmo acontece com a vacina contra a bactéria pneumocócica. Além de existirem algumas vacinas conjugadas, onde em uma “picada” podemos dar várias vacinas e nos postos, às vezes, não existem. Também há vacinas particulares que não existem no posto, como por exemplo, a vacina contra a varicela-catapora.

É verdade que a vacina particular não causa reação e/ ou febre?

Dr. Marcelo – Não, essa afirmação não verdadeira. As vacinas chamadas acelulares¹, que hoje já estão presentes em algumas unidades básicas de saúde, dependendo do estado e nas clínicas particulares, apresentam menor incidência de efeitos colaterais, como a febre.

Quais são as principais reações (esperadas) que as vacinas causam?

Dr. Marcelo – Dor no local da aplicação e febre pós-vacina.

As vacinas podem causar alguma reação perigosa?

Dr. Marcelo – Nenhuma. Se tiver febre ou dor, que são as reações comuns, usa-se um antitérmico e nada mais deverá ocorrer.

É necessário fazer algum preparativo antes ou depois da criança tomar vacina?

Dr. Marcelo – Não se usa nenhuma medicação antes da vacina. Após a vacina, caso a crianças apresente febre ou dor, podemos usar antitérmicos, analgésicos e compressas de água fria ou até com chá de camomila. Mas tudo deverá ser feito pós-vacina.
Em relação à vacina do rotavírus, devemos deixar os bebês de jejum meia hora antes e meia hora depois da vacinação.

Quando não é possível vacinar a criança nas campanhas de vacinação é possível conseguir essa vacina em outra data e local?

Dr. Marcelo – Com certeza. As vacinas estão disponíveis sempre nas unidades básicas de saúde. A campanha é somente um “mutirão” de vacinação.


Fontes Consultadas:

2 comentários:

Anônimo disse...

Mas não se deve esquecer que (apesar de todos reclamarem da saúde pública brasileira) o Brasil é o único país que dá assistência gratuita às crianças e temos um calendário de vacinas gratuitas que nenhum outro país tem. Tudo lá fora é pago e é claro que quem tem dinheiro, vai pagar. Lá fora se você tem dinheiro ou não vai ter que pagar do mesmo jeito.
Meu filho foi imunizado pelo posto de saúde e nunca teve reação, isso também depende de cada organismo. Cada criança é diferente!
Acho que deveríamos valorizar mais a saúde pública. Aqui na minha cidade, temos o BOS que atende pacientes de toda a América Latina DE GRAÇA.
Certo que há vacinas que saem mais caras para os cofres públicos, mas o Ministério da Saúde tem um calendário básico com base em doenças mais comuns entres as crianças.

adfafasf disse...

Olá,
Outros países também vacinam gratuitamente aquelas crianças cuja família não tem condições de pagar. Mas concordo que que nestes 40 anos o programa nacional de vacinação evoluiu muito, mas não poderia ser diferente, pagamos impostos caríssimos para isto mesmo, e se os corruptos roubassem menos e o governo fosse mais eficiente no gasto do nosso dinheiro tenho certeza que sobraria para comprar as vacinas mais modernas como a Prevenar-13.
Optamos por comprar as vacinas principalmente pela maior cobertura de vírus e bactérias, a questão da reação da vacina do posto de saúde foi secundária na escolha.

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